Sabatinada de tiros. Aves em voo raso. Arre. Vixe. Asas. Plumas. Líquido vermelho escorregadio que cai do ventre, de entranhas, como furo no tanque. Berro. Estouro. Penas. Caem. Pena. Pisam. Almoço. Janta. Junta tudo na panela. Joga fora na guela. Alimento. O cimento não deu conta. Só do mé. Tanto pó que subiu: só pô pó! A lei do mais fraco que tem o dedo mais duro. Não dedura. Atira. Não é tira. Tira vidas. A lei do mais forte que foi mais bem alimentado. Barriga saliente de bem-aventurança. Prosperidade. Dita destinos de outros com o lábio. Assina o texto do ghost writer com a caneta de marca gringa. Nada agrega, além de herança para as suas próprias gerações futuras. É como se fosse uma raça desassociada da humanidade. Super-Humanos. Supra-Humanos. Manos sabem disso. Por isso metem o dedo. Não pra justificar: um livreto de biologia que descreve a vida dos mamíferos nas cidades grandes. A evolução após as mãos conseguirem dominar as ferramentas. Balas de menta escondem cheiros que veem de dentro. Rostos e corpos perfeitos. Ninguém vê além da casca. Um toc-toc-toc bastaria para decretar algo oco. Um tic-tic-tic denuncia algum TOC. O tic-tac não para enquanto armas fazem pei-pou-pá. A percepção do que se ouve pode ser diferenciada de tímpano pra tímpano. Como retinas podem ser enganadas com cartazes de leitura dinâmica. Infinitas palavras por minuto. É como tosse. Como cuspe. Sem serventia. E um berro faz pá na cara dum cara. Ele cai. Janta de abutres. Urubus. Berros da família. Voltará ao pó. Por enquanto, no cimento. Sem fome. Nem nada. Deixa tudo pros próximos, dele mesmo.