terça-feira, 14 de abril de 2015

A mente abriu em abril?

A mente abriu em abril? Mentiras do dia 1°. Verdades encobertas ou direcionadas, pelos que comemoraram no dia 7. Libero Badaró. Queda de D. Pedro I. Semanas de sete dias sem nenhum de descanso. Para quem a vida dá trabalho é assim. Sete mais sete catorze ou quatorze. Quase metade de um mês. E o que cê fez? Alguns planos são como submarinos, feitos para afundar. Enquanto isso quem nem precisa planejar nada - pois já tem os burros amarrados à sombra -, traça mal o plano de voo e cai. Coisas do Brasil, Arantes? Paulinho responderia: "Coisas do mundo, minha nêga...". Nesse caso, desde que o mundo é mundo visto de cima pelo primeiro helicóptero. Antes dirigível, ou 14 Bis. Irmãos americanos se reviram no túmulo pelo crédito do primeiro voo. "Deixa alguma coisa pá nóis, yankee...". Na hora de subir na vida, é como optar por escada ao invés de elevador - ou vice-versa: O próximo andar é só o próximo. Escolhendo qualquer outro que não seja ele (qualquer um dos próximos) o próximo estará incluído, ou seja, nem porque exclui é excluído. Complexo. Como um arranha-céu. 

E o Mano foi abordado. Uns manos são abordados todos os dias da mesma forma abrupta ou até pior. Mas esse tem o sobrenome do Pai do Funk, os outros são apenas marrons. Pagou. Saiu. Aqueles pagam, saem, e continuam recebendo olhos tortos por onde passam, por terem passado um tempo quitando suas dívidas com a sociedade dentro dos muros do sistema prisional. E ainda querem que entrem cada vez mais cedo lá... São muitos os filhos sem pais e sem paz.

Errar é humano, mas Ed insiste tanto em falar o que quer que já devia estar acostumado a ouvir o que não quer. Um talento musical indubitável, mas às vezes deveria ter o mesmo apuro e técnica conquistados com ensaio quando abre a boca para cantar, ao falar. Muitos que nem o conhecem aproveitaram o espaço para dizer que ele só tem papo (de várias formas pejorativas). Durma-se com um barulho desse! Todos dançam. O pedido de desculpas veio às pressas, como um duelo de instrumentistas de jazz, um desafiando o outro e o outro querendo fazer mais bonito (ou nesse caso mais feio) que o um.

A verdade é que metade de um mês se aproxima hora a hora e o relógio demarca o tempo impunemente. Para quem atrasa mais do que os 15 minutos permitidos pelos nativos habituais, cada 'tic' no ponteiro é um 'tac' da sola que corre para querer pegar menos chuva de perdigotos do patrão ao chegar. Ou não. A ciência já comprovou que quem anda se molha do mesmo jeito. E de jeito em jeito, quem está na selva tem que se virar. Se fosse só um Leão por dia estava bom! E não é síndrome do latino que se vitimiza: É o descaso histórico com quem vive na instituída parte de baixo do mapa, de todos os mapas imagináveis, lutando no dia a dia ou para ter progresso, 'pela órde', sem esquecer dos seus, ou para fazer parte da parte de cima que o poder instituído conclama (porque acha que lá é muito melhor que aqui). "Por que lá, e não aqui?".

Como bem disse Noel (que morreu aos 27 sem contrariar estatísticas nem ser papai): "tudo aquilo que o malandro pronuncia com voz macia, é brasileiro, já passou de português".

Paro por aqui, ou só 'dou um tempo'!