sábado, 27 de março de 2010

Um Fidel em "ctrl+alt+del"


Impressionante a imagem de Fidel Castro vestindo uma blusa tactel com o símbolo da Nikehttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2010/02/lula-em-cuba.jpg. Há muito tempo recluso, eis que ressurge para o mundo na visita do presidente Lula a Cuba. Por coincidência da fatalidade, morre no mesmo dia por greve de fome o preso político Orlando Zapata, e fica todo o clima no ar sobre ser a ditadura velada ou escancarada a olhos vistos.

Numa reportagem televisiva (ou em várias já que as imagens são vendidas por agências de notícias), mostrou-se a situação do embargo que sofrem por parte dos E.U.A, salientando os carros antigos e o atraso do povo em alguns aspectos. Noutros têm avanços como educação, saúde, mas isso não interessa muito a quem faz circular os indícios. Chocante o guerrilheiro barbudo cedido ao sistema; imagem forjada?

Também, vai saber... Ele pode estar lá em seu cafofo jogando um Xbox-360, bebendo budweiser e vá lá, só pra variar, fumando um cubano. Seu game favorito: Assasin’s Creed, e muitos julgam ser ele o verdadeiro assassino de quem se matou. Não pode, não tem tempo, desvendando os segredos do Windows 7 e vendo campeonato inglês na ESPN International.

De repente está decadente e só tinha/tem poucas peças para vestir e aquela que usava na situação em voga era algo doado pelos bons samaritanos da ONU que são porta-bandeira de um império, e mesmo nesses atos benéficos, usam a expansão do “american way of life” de modo particular, com o aval e o incentivo dos mandantes de lá, que com certeza usam desse braço seu como bem querem, vide o caso Iraque quando W.Bush usou e abusou do poder. Por um prisma contrário, Fidel é como um Bin Laden que aprendeu todas as técnicas de guerra, toda a sabedoria com o mestre americano e depois se voltou contra o mesmo, sendo um discípulo mal agradecido, mostrando que aprendera bem os ensinamentos (talvez até se sobressaindo ao professor), e deu no que deu em 11 de setembro.

Dito popular, uma imagem vale mais que mil palavras e como o antigo amigo de Che se fechou verbalmente para a imprensa, só nos restam as imagens dele andando com dificuldade, barba, cabelo e bigode cada vez mais esbranquiçados, e suas vestimentas na moda de esportista, patrocinado por uma marca famosa.

Raul Castro fez o bigode (ou estava com ele tão ralo que se tornava imperceptível), e nessa mesma matéria em questão estava todo de branco como lugar comum de paz; abriu já um pouco as negociações querendo deixar o país mais atrelado com a modernidade, com venda de computadores e expansão da internet. Corre o risco de acontecer como na antiga União Soviética quando quem olhava o lado capitalista com todos os seus desfrutes e liberdades para alguns, sentia inveja por ter apenas o necessário para todos, ao passo o irmão deve assentir, quando não até querer.

Resta saber se as suposições serão confirmadas verdadeiras ou se não passarão de devaneios, mas ainda há tempo caso o personagem em questão cuide da saúde mantendo a imagem de atleta (pelo menos no patrocínio), e não se empanturre de fast-food entupindo todas as veias do coração, e também da revolução.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A morte do Pós-Morte em blog!

Caros quatro seguidores (e quem mais por ventura tiver visto isso):

Venho neste comunicado anunciar que o projeto "Pós-Morte de Aquino" morreu, pelo menos aqui no blog. A ânsia em colocar uma obra dita "literária" a prova de leitores me fez com empolgação demasiada começar a postar o romance (ou novela) aqui, acreditando que esse meio funcionaria como os folhetins do passado à época de Machado de Assis ou Manuel Antônio de Almeida, mas, com a releitura dos capítulos fui me desconhecendo como escritor da obra e achando ela muito aquém do que eu imaginava que era, e assim a prostração na continuação em postar o restante me freou.

A obra em si está toda escrita, trinta capítulos dos quais divulguei onze. Imprimi e vou reler novamente e talvez fazer uma tiragem pequena com meios próprios, se não pra comprovar o talento, sim pra me desligar por completo da história e dos personagens que, sem terem se fixado em livro, parecem perambular pela mente continuamente.
Sou/estou jornalista! Nesse prisma, já tenho alguns artigos escritos e outros por vir, "Aqui Agora" (não tão bem quanto Gil Gomes fazia), irei debater temas cotidianos, literatura, música - e acho que é essa mesma a função de um blog.

Também, alguns contos virão, pois se na empreitada maior é necessário muito além da inspiração técnica, narrativas menores creio serem válidas para o aprimoramento necessário de perfis psicológicos, descrição de cenários, e desenvolvimento de estilo.
Tudo isso deixo aqui para dar satisfação a mim mesmo e a todos os quatro que já visualizaram algo aqui, e espero angariar novos adeptos de linhas minhas, mas que sejam tão fiéis como esses primeiros.

P.s: Não sei qual será a periodicidade dos escritos. Proponho-me semanais.