terça-feira, 2 de maio de 2017

Pausa

Imagem: Projetado pelo Freepik

No mês do trabalho vou poupar o trabalho. Não o trabalho de escrever. Sim o trabalho de outras pessoas lerem. 

Esse ano, postando textos às terças e sextas, já joguei mais palavras ao vento ‘internético’ do que a quantidade total jogada nos anos anteriores inteiros. Consequência: menos três seguidores na página do blog, possivelmente incomodados com solicitações de leituras impertinentes, e poucas visualizações. Algumas reações favoráveis, é verdade, um alento no pulsar do tempo. Não é choro, apenas estatística.

Sigo em frente, guardando cartas para jogar na mesa em momentos que sejam mais oportunos, receptivos. Coringas. Naipes de nada que na rodada certa são tudo. 

Até a volta. De novo, algo novo por mês, quiçá buscando somar, ou apenas treinar — não o ofício do labor escrito que precisa ser contínuo —, mas o compartilhamento dos resultados de ensimesmamentos e visões sobre acontecimentos. Mais tempo de regurgitar, menos incômodos alheios, na base do menos é mais.

Muitos "entes" e "entos" num lugar só. Hibernar na alcova em reconstrução de repertório de palavras novas. É isso. Por hora, por mês, sem mais. “Hoje eu quero apenas... Uma pausa de mil compassos...”.