sábado, 30 de abril de 2016

Duas metades da laranja

Abril está se fechando. Quem viu, viu, ou mentiu que viu como os adeptos das brincadeiras do dia primeiro. E nesses dias que passaram muitas coisas vistas pareceram mentiras. Vultos da República, bombas ao léu, fogos de artifício lançados ao céu para celebrar a derrocada de quem estava no poder (ditando as regras). Acusações verdadeiras? Fundadas? No mês em que se comemora o Dia do Jornalista várias declarações sem fundamento, fundamentalistas que forjam ficções, dando conotação de documentário. Se o processo é firmado dentro da lei então pode derrubar. Até as estátuas erguidas pelo povo vão ao chão, e corpos de pedra são arrastados sem deixar rastro. Atônitos seres de cimento que receberam muito, mas não retribuíram na hora necessária. Não demonstraram merecimento. Brincadeiras à parte, laranjas continuam sendo usadas pelos malabaristas nos sinais. Circenses. Morando embaixo de lonas. Cortadas em quatro partes, mantendo-se a casca, chupa-se com gosto a acidez cítrica. Situações críticas amenizadas pela fruta de sobremesa. E sobre a mesa de quem exibiu no peito o orgulho de ser brasileiro com a insígnia da CBF a natureza está morta. Itamar. “E tá mar, céu, água, terra”. Tropical Jorge. Ben. Vem maio. Dia do Trabalho é todo dia para quem trabalha com a vida — não sendo mulher dela —, pensando o melhor modo de perambular pelo solo sem interferir demais no ecossistema e procurando deixar de alguma forma a sua marca. Vender roupa é solução quando nem pro bacião sobra. E na bacia das almas vivamos essa que é a única que temos certeza que temos. Será? 50/50. 100% de chances de viver ou o contrário. Fechô.