sexta-feira, 12 de julho de 2013

Hiato

Hiato. Tempo. Entre. Hífen. Arrego. Não existe obrigatoriedade em escrever. Existe necessidade. Fisiológica. Merdas. Qualquer um pode dar opinião sobre qualquer assunto. Na base do acho. Onde não há encaixe há desmanche. Pautados pelo quê? Saber de tudo? Acrescenta algo em todo arremate? Conte-me mais. Cante-me histórias inventadas mais saborosas do que o mais do mesmo que todos insistem em contar. Churumelas são chorume. Arco-íris de uma só cor. Divergências à parte. Partes que só são lados separados de um mesmo corpo inteiro. Só corroboram para o mesmo fim. Antes do fim, algo mais tem que soar além de um singelo sino de igreja que demarca horários de Policarpos Quaresmas. As regras e normas mantêm a continuidade. Mas o tempo é contínuo de qualquer maneira. Nunca se está onde foi o começo e nunca se chegou ao limite. Os que chegam não voltam pra contar. Ou voltam. Depende da crença. ‘Bença’. É o que se pede na saída e na chegada. No ínterim, acontece tudo que se busca. Sempre é o momento. Sem sombras de vento. Que se desmilinguam as dúvidas. Muitas. Como um sol para cada cabeça em território de verão extremo. Também pode dar tremedeira. Tremeliques. Palpite infeliz? Nunca ter razão. No meio-fio, na borda, na orla, o tropeço não trará chão: Trará céu! Trará voo. Basta acreditar. Nem todo avô sabe de tudo. Nem toda ascensão é uma subida. Ascensores sobem e descem mil vezes por dia e isso não faz nenhuma diferença para eles. Às vezes, sinais vem à esmo, como semáforos desgovernados. Ciclistas esbaforidos apostam na saúde. Transeuntes do dia a dia se revoltam com as conduções compartilhadas. Carros são caros. Contas pra vida. Conchas pro ouvido soam paradas. Respiros. Ares. Um passo calmo em meio ao caos.