A
realidade pode parecer surreal. Ideias sem pé nem cabeça que tomam corpo.
Conexões que uns veem, outros não. Naquelas horas onde sem o ‘e se’ ‘aquilo’
não ocorreria. Reveladas relevâncias de acontecimentos. Seres humanos muito
atentos que tropeçam no meio-fio. E caem: “Ô, fio, cê tá bem?”, pergunta
alguém. “Estou!”. Estava noutro lugar. Pensamentos tinham subido ao céu. A
mente, mundo que é seu. Mentiras d’outros mundos compartilhadas. Escadas de paradoxos.
Origens. Destinos. Lugares de partidas e de chegadas. Caminhos. Linhas de mãos. Riscos no couro
cabeludo. Lãs que sós não são lá grande coisa, mas que juntas são algo mais. Deslizes de
português. Pães da padaria. Água. Curar ressacas. Mágoas. Bate-estacas.
Cardíaco abatimento. De um obscuro acontecimento podem lampejar lights
repentinas. Que darão insights. Percebe-se a aparição do verde, que jaz
esperançoso por uma sequência de oásis. Que se juntou ao amarelo num
patriotismo virtuoso. Prenúncio de amadurecimento. Ou fruto que cai na terra e
é encoberto com cimento.