terça-feira, 17 de março de 2015

Mote

Mote: Morte? Marte? Os que se vão não precisam mais disso. Os que vierem quando começar a colonização do planeta vermelho serão marcianos. Comentou Sheldon. Xanadu continua sendo queimado pelos proferires de novos Kanes. E os cidadãos seguem a programação. Costume difícil de ser tirado. Vício. Mania. Mãos calejadas que sonham em ser macias no horário nobre. Nobres que continuam com as mãos macias de geração a geração enquanto os filhos das mães de mãos rudes começam a ter um vislumbre com cotas que são paliativos para o tempo de uma cota que seus antepassados não tiveram, na lida, na luta, sem tempo para bater lata nem panelas. Nelas, só o suficiente para cada dia, às vezes até aturando a barriga a roncar vazia, noutras – sempre – se apertando em latas de sardinha fungando em costas que cheiram mofo e perfume vencido. “Se soubesse o que seria não teria nem saído...”. De casa? Da placenta? Depois que veio, fio, é manter o lombo forte pra aguentar o que vier e não ser chamado de vadio! Arredios não podem se dar ao luxo de se alcunharem depressivos, cleptomaníacos, nem anêmicos. A barriga está saliente? É verme! Não podem se dar aos luxos. Às vezes se dão por conta própria e são presos. E haja prisão de ventre “para não ficar com a bunda exposta na janela” do quadrilátero. Gonzaga Jr. só cantaria “É...”. E juniores sonham em enriquecer chutando pelota. Doces feitos às pressas ficam empelotados. Se nascesse em Pelotas seria diferente? Provavelmente não. As linhas do destino nas palmas seriam as mesmas. Até mesmo em Palmas. Existe a dicotomia entre o exercício físico e o do intelecto. O músculo da perna que faz um cruzamento não é o mesmo que traça a teoria do universo, até porque Stephen já não tem nenhum movimento em seus membros inferiores. Mas um jogador de fama tem a conta bancária infinitamente superior a de um pensador. Certo, Dr.? ‘Pelamor...’. Só pelo amor que a dor pode ser menor. Sei que tenho parentes no Norte. O máximo mote é ter um norte.