No
mês do trabalho vou poupar o trabalho. Não o trabalho de escrever. Sim o
trabalho de outras pessoas lerem.
Esse
ano, postando textos às terças e sextas, já joguei mais palavras ao vento ‘internético’
do que a quantidade total jogada nos anos anteriores inteiros. Consequência: menos três
seguidores na página do blog, possivelmente incomodados com solicitações de leituras
impertinentes, e poucas visualizações. Algumas reações favoráveis, é verdade,
um alento no pulsar do tempo. Não é choro, apenas estatística.
Sigo
em frente, guardando cartas para jogar na mesa em momentos que sejam mais
oportunos, receptivos. Coringas. Naipes de nada que na rodada certa são
tudo.
Até
a volta. De novo, algo novo por mês, quiçá buscando somar, ou apenas treinar —
não o ofício do labor escrito que precisa ser contínuo —, mas o
compartilhamento dos resultados de ensimesmamentos e visões sobre
acontecimentos. Mais tempo de regurgitar, menos incômodos alheios, na base do menos é mais.
Muitos
"entes" e "entos" num lugar só. Hibernar na alcova em
reconstrução de repertório de palavras novas. É isso. Por hora, por mês, sem
mais. “Hoje eu quero apenas... Uma pausa de mil compassos...”.