domingo, 22 de setembro de 2024

24: Algo novo?!

 

Foto: Parede de foto de casa de vó pós chuva



Se bem me lembro, nasci em um setembro. Em todo novo setembro renasço como o dia. Ressurjo como novo ano. Primaveril. Pueril Phoenix. Resgato meu rabo de lagartixa cortado. Grudo. Ajunto os cacos que foram quebrados. Gago. Malfadado ao sucesso. Barata tonta que sobrevive aos holocaustos. Incauto. Quase culto. Assaz assim sem satanismo. Benfazejo beijo de brisa de agosto. Pretérito futuro. Ambivalente. Destro. Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Bem-vindes ao meu show de Truman.

Queria escrever algo novo. Novo mesmo. Não pão requentado que na chapa fica crocante novamente. Queria um banho da manhã que tirasse toda a sujeira das poças de barro pisadas e dos respingos; queria um café pingado que causasse brisa nova como pinga velha de alambique. Um novo pique para poder ter corrida matinal jovial. A água não tira tudo. O “lavô tá novo” não retrocede idades; a “água sagrada da pia” não limpa totalmente as olheiras de noitadas a fio.

Não tenho lousa nova que apaga sem deixar vestígios. Ainda hoje, agora, “acontece que eu sou baiano, acontece que ela não é”, e isso vai ser sempre um dilema na geografia de nós dois. Pois.

Se o que temos é o que podemos devemos nos resignar. A resina escoa lentamente e endurece com a exposição ao ar. Cafeína não garante energia e nem tira o sono de todos. Alguns sempre serão exceção. Para outros são permitidos até excessos sem correr perigo de morte. A quem muito se abdica é privado o risco de vida, que não se resume só ao biológico, ao lógico, há um quê de imponderável, tal qual futebol.  Fios traçados à esmo que não são linhas retas, grandes ares, pequenas áreas. Círculos centrais fatais onde o jogo fica amarrado.

Dizem que para quem escreve lá de cima não importa o formato do caderno nem a disposição dos riscos. Caligrafia divina. Dizem.


https://journals.openedition.org/caravelle/399


A linguagem da programação pode ser essa revolução mais palpável. Se a inteligência não natural chegar a esse nível não será legal. Digo. Penso. Creio. Só dá pra supor. A singularidade da AI já pode estar por aí. Sorry. Escrever em outra língua não desamarraria um pensamento arraigado.


https://joanarssousa.blogs.sapo.pt/socrates-nunca-disse-so-sei-que-nada-869316


https://ciandt.com/br/pt-br/article/o-advento-da-singularidade-tecnologica-na-nova-era-da-ia


Capiau ainda é capiau em qualquer lugar da Terra. Caipira. Caipirinha só aqui. A extrema direita é um fenômeno mundial e o “acho” para eles quase sempre vale mais do que o “sei”. Quem dera fosse um “só sei que nada sei” filosófico, se é que esse saber é sábio:


https://joanarssousa.blogs.sapo.pt/socrates-nunca-disse-so-sei-que-nada-869316


É mais um “gosto de não saber de nada” empírico, onde uma informação baseada em fonte segura é rechaçada com fake news recebida por mensagem. Nada novo. O Partido Novo não era novo, liberalismo mastigado de chiclete que não colou. Mas até ganhou. Nem sempre ganhar é bom. Perder sempre não é bom. Breaking news: Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem formalmente o Estado da Palestina. Israel ainda usa o véu de “guerra ao Hamas” para matar sem dó num zás traz que não exclui ninguém: crianças, mulheres, homens, idosos. Maldosos. Nodosos à humanidade. Desumanos com alma. Humanos desalmados.


Breaking Bad é famosa série que começa arrastada e deslancha. O Heisenberg original era um físico teórico. Mecânico quântico. Bomba Atômica. Tópicos distópicos. Guerra nuclear. Já o pacato professor de química da série citada se transforma em um dos maiores vilões: “Eu não estou em perigo. Eu sou o perigo”. A transformação do personagem ao longo dos episódios é uma das coisas mais marcantes do enredo, baseada na atuação de Bryan Cranston (Walter White). Já a série Vikings tem também no seu personagem principal, Hagnar Lothbrok (Travis Fimmel), o cerne. Um dos lugares de onde os Vikings originais vinham era a Noruega. Desbravavam e conquistavam territórios. A Noruega de hoje dá um passo importante para a emancipação palestina.


Foto de capa não tenho. Ano de copas. Quase nem tenho foto de perfil. "Quem me conhece sabe". Quem me reconhece em meio ao borrão colorido que me representa sabe quem eu sou e de onde vim. Pra onde vou? Nem eu. Quem me reconheceria se o meu perfil fosse um Boot falso, uma jogada de números para se ter mais seguidores, curtidas, compartilhamentos? Talvez minha mãezinha. Minha vovózinha já não enxerga direito e o Axel Foley não tem mais a desenvoltura de jovem. Citou outro filme seu, Vovózona, e o dublê fez as cenas de ação do no Tira da Pesada. Nada Novo. Requentado.


Talvez ele dissesse: “dá meu copo que já era”. Uma gelada. Não tem mais o pique de outrora. Quem tem? Até Nelson Piquet picou a mula. Desculpe. Não pude evitar. Se não gostou sopre essas mal-diagramadas linhas como o lobo sopra a casa de pau a pique. Parabéns pra quem? É pique. Eurocopa e Copa América. Copos em riste para torcer no campo. Derramam mais do que tomam. E se ninguém toma gol no tempo normal mais acréscimos, é pênaltis direto para Americanos (Do Sul, do centro, do Norte). Para europeus tem prorrogação. No torneio do velho continente não existiu disputa de terceiro e quarto lugar. Pior do que não ganhar é ser sempre vice-campeão. “Sabe de Kane” estou falando?! Para baixo dos trópicos Los Hermanos faturaram de novo e são os maiores vencedores. Perderam moralmente entoando cânticos racistas e homofóbicos após a conquista. Algumas coisas nunca mudam. Não dá para esperar muito senso. Até o IBGE pode falhar. Regras básicas podem mudar. Como o basquete que nas Olimpíadas se difere da NBA. Ano de Jogos olímpicos. O novo Dream Team foi campeão capitaneado por Lebron. James é outro Brown da história da música negra que só vem ao caso como repúdio a brancos fascistas. Latinos que se acham europeus. Se perdem nas ideias. Uma coisa leva a outra e às vezes traz lembranças. Inventar memórias seria uma forma de paramnésia ou neologismo para Dejavú?


No Sul, a água varreu imóveis de fora para dentro e móveis de dentro para fora. Obstruiu vias públicas e particulares, diminuiu vidas em partes ou por inteiro. O país inteiro interviu, quem pôde e até quem pouco podia. Questão moral e cívica sempre é pedido de doação de muitos quando os poucos que tem muito poderiam ajudar muito mais. É prolixo. Muitas vezes é melhor só pensar e não falar. Boca de lixo jorra tudo que vem na mente achando que é ouro. Pensamentos obscuros não brilham. Esponjas de lã de aço ficaram conhecidas pela marca. Hoje existem concorrentes. Monopólio e oligopólio são irmãos de mães diferentes. No primeiro só uma empresa domina o mercado. No segundo, uma pequena gama de empresas. Nada bom para quem consome. Brio. Concorrência é motriz. Quem só responde o que é perguntado sem dar continuidade na conversa não quer conversar. Até quem só ouve sem falar nada está mais disposto ao diálogo. Empatia é se por no lugar do outro, não deixar alguém que espera algo que podemos dar a deus dará. No silêncio oco ouvimos nosso próprio eco. Reverbera ou ricocheteia nas paredes por sinapses difusas. Fusões de núcleos podem não dar bom. O que não é de bom tom desafina. E as ruínas serão vistas com contemplação por quem não foi arruinado. Vestígios de humanidade que já não é. Fôra. Fóra. Pontuações que param foram do ponto. Busão desgovernado. Organizar pensamentos dispersos em palavras é extrapolar a lotação máxima dos assentos da condução da mente. Mentir é ludibriar. A morte não precisa ser só lúgubre. “Beber” o morto é honrar a sua memória. Viver a vida pode ser uma pá de coisa, até sentar a beira de uma árvore esperando maçã que caia e gere nova ideia, até ver a água da correnteza passar. Apenas. Às duras penas eleva-se um voo leve. Corpos leves também sentem o peso da gravidade. A idade pode ser só numeral. Uma pitada de sal que não salga. Um quê de terra que não dá liga na massa. Todos somos grãos de areia. O universo é vasto. Se liga na fita. Já não há mais caneta que rebobine.



E por tudo isso e mais um pouco, acordo mal, pois durmo tarde, contando carneirinhos que viram bicho-papão e só saem à noite, como em From, a série. Durmo tarde porque preciso acordar cedo, porque preciso pagar os boletos, porque não se vive de ócio criativo, por quê? Aí a cabeça fica fritando no travesseiro, pensando nas voltas que esse imenso ovo que é o planeta dá, e que a qualquer hora pode quebrar a casca com o clima cada vez mais revolto. 8 bilhões de pios e contando, muitas panelas que acharam tampa, e uma imensidão solitária em curral unitário, caixas de fósforos, habitat diminuto. Quando o abajur interno apaga, a mente vaga sabe-se lá pra onde, e amanhã será um novo dia, novíssimo, onde tudo pode acontecer, inclusive nada. Boa noite! Onomatopeia de explosão: Boom! Estrelando Supernova.



https://www.nationalgeographicbrasil.com/espaco/2024/07/conheca-a-supernova-mais-antiga-e-mais-distante-de-todos-os-tempos-descoberta-pelos-astronomos