É frustrante ver a frustração de um frustrado. Um círculo vicioso. Ela, como entidade, vai de um em um colocando a sua face, uma face amarga, apagada, olho ao chão, corpo tombando junto como a gravidade de julgar situações mais graves do que realmente são. Ou às vezes até têm a devida proporção dada, mas ao passo, uma gera outra, e outra, assim sendo, no decorrer, o acúmulo, o cúmulo ter que olhar pra frente, e quem vê, vai se deixando ficar com ela que vai frear passos futuros pela mesma prática feita com a pessoa que precedeu.
O esporro: receber e retribuir são as únicas formas de não se deixar agravar. Via de mão dupla. Abrir quando necessário e oferecer auxilio, pela palma estendida, e fechar em soco quando urge uma contrapartida, virar a mesa, fazer valer o ás na manga, quando ninguém suporia que daquelas cinzas que se mostravam nos olhos surgiria o fogo de novas exaltações.
Surge!
Como uma crosta que se forma por imposições, impurezas, sujeiras implantadas no decorrer, fica difícil de chegar ao verdadeiro cerne, e ai está a principal dúvida: Ela vem antes ou depois da camada rija que embrutece o ser? Caso esteja antes, terá se apossado da alma que por sua vez só terá vez de reinvindicar algo no além – se é que há – mas caso contrário, se ela estiver na casca exterior do muito de empecilhos que se firmou, quebrará a casca outra entidade, vinda essa sim do além, quando ninguém mais acredita: a felicidade. Essa nunca é completa. São momentos. Não há acúmulos. Vale quanto pesa, e o corpo flutua na sensação de estar desfrutando o infinito, por hora. E está. Volátil e transcendente. Tira o peso do que frustra. Dos que frustram. Se frustram. Nos frustram. Como o fugidio insight feliz, é necessário lidar e ponderar, para o menos frustrar.