Dizendo dezembros... Dissecando-os, distorcendo-os. Mais do que papais, Natanaéis, Noéis, mês dos que ficam pra titio, é ou não é?! Sei comé! Sentimento fraternal, querer dar colo a quem tem fadiga, espírito de proteção, mostrar rotas que facilitam; se impossível evitar a colisão, apoiar a recomposição; manha de gato pra cair em pé, sem birra por se sujar no barro. Fiquei. Olhando as luzes cintilantes das datas festivas... Na brisa. Nos sentimentos aflorados por tilintares de sinos às vezes bate a bad. Monstra!!! Sinas. Monstros que saem do calabouço junto com as renas, fazem carreata com o caminhão da Coca-Cola. Sem neve. No never. 未曾. Nunca diga.Tentando ver além do que se vê. Símbolos lúdicos nos layouts das paredes, coisas de acender, pessoas que quando ascendem deixam de ser coisas, justo por terem muitas coisas por demais, justo por isso, por terem mais folga, valorizando muito por demais o que se tem, deixando aquém-o-que-se-é. Como ser natal sem ter presentes? “Oh, shit, bitch!”. Bitcoins supervalorizados. Algo que não se pode tocar, e, quando a casa da moeda tocar será regulado, não tendo tanto valor como agora. Como enxergar o não visível a olho nu, muito além por demais do que se vê em corpos nus? Um toque no intocável, um dito sobre o inaudível até a ouvidos absolutos... Como fechar anos a fio com chaves de ouro? É viável ir ao arrebol sem-fim atrás do pote com o que tem valor dourado no final do arco-íris, quando o sol sorri depois de ter ganho uma trégua dos perdigotos da chuva que falava mais do que sua boca invisível, numa pausa onde se abre de orelha a orelha? A areia prazenteira exala seu cheiro sem eira nem beira, depois dela — água que lavou. E nos fins sempre escorre tudo o que veio desde o começo querendo descer. É o clímax! A distensão da tensão, da ânsia. A reentrância na superfície. A gravidade no nível certo. O respiro. O suspiro. O “paro, porque se não, piro”.
Escrevendo por Música. Compondo por Literatura. Inspiração advinda do cotidiano, da realidade. Buscando preparo, e sorte de menos azares.
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Cousas em lousas
Imagem: Projetado pelo Freepik
Não foi até 30 e os dias se foram. Vai um (1). Agora, mês de 31. Último dos doze. Doses de doces. Contas. Descontos. Números em letras. Facetas. O que pra alguns é pouca coisa pra outros é muita. Uma vírgula fora do lugar significa toda uma mudança de contexto, de texto, de pretexto para interpretações ambíguas. Os que olham para o próprio umbigo também enxergam pelos nos narizes alheios. Metem o bedelho. Por muito menos guerras são travadas. Pessoas travadas se destravam nas suas trincas de parede e meia. Meio dia e meia hora e o sol cai nos semblantes, e ninguém viu — pois a luz era muita —, os sóis que marcaram faces, já que nuvens eram múltiplas e encobriram os seus rastros. Cometa de centelha que se aparelha. Eiras, beiras, um triz para riscar. A taquicardia da ânsia de um novo dia melhor que o outrora hoje. Esperanças verdes, ainda não em épocas de serem colhidas. Tolhidas. Talheres tilintam pratos gordurentos. Restos. Ainda resta nesga de nacho no tacho. Cousas nas lousas. Estudante aprende, professor ensina. Às vezes o contrário. Quase sempre uma troca ao mesmo tempo. Período de aprendizagem. Erros. Lateja a cabeça à beça. Enquanto isso, sem esquentar a cabeça, casais se dão beijos estalados, na paz, no amor, no Love, Yes?! Trançam pés escaldados nas alianças de boas marés, pois não há mestre que ensine o sentido de maresia, ócio, cria de muitas vidas, sobrevidas, fictícias ou reais. Tudo é no tato, no talo, sujeira de tropicão que lavada vai para o ralo. Abalo é disco raro com som cadente a ser dançado com plumas de passos de agulha que apenas roça a superfície sem riscar. Pontos. Cifras de novas contas. No canto. Tipo um conto.
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