Impressionante. Todo mundo quer dar pitaco no resultado da derradeira partida do jogador Bruno.
Logo no começo da história, notícias distorcidas, crueldade na forma como foi feito o suposto crime, cortarem a pobre moça em pedaços, jogaram-na para os Rottweilers: esse cara é um animal, diziam, mas não foi ele que fez, retrucavam, mas mandou fazer, apontavam, e muitos, como eu, ficavam sabendo de diversos fatos pelas ruas, ouvindo comentários de uns e de outros que, guiados pelas notícias dos acontecimentos, que não davam chance nenhuma de réplica ao suspeito, levava o pensamento comum de todos para o mesmo lado: é, o cara podia ter dado 20 mil dos 200 que ganha: mas quem tem muito dinheiro nunca quer perder o mínimo que seja, um falava; o outro: puta cara burro, se mete com uma mina da vida que usou e abusou dele, e depois quer resolver matando, ele esquece que de qualquer forma tem que pagar pensão; e outra pessoa defende: mas ela que foi a vítima, acreditou na boa fé dos amigos dele, que com certeza vieram com alguma história que ele ia propor um acordo; nada: ela foi é vacilona de acreditar e entrar no carro com aqueles desgraçados; outro: acho que não, porque ela não era nada inocente, que eu saiba, era até bem espertinha... E nisso foi correndo o caso, o goleiro sem defesa, com ar altivo de assassino frio, e tudo se encaminhando para a resolução certa.
Ai, não descobrem o corpo – até agora - e há indícios de que de repente, na melhor das hipóteses, a ex-mulher-amante-garota esteja viva. Tanta noticiação do nome dela na mídia pode ter feito ela levantar como num verdadeiro ritual de ressuscitar.
Um sorriso do guarda metas: ou ele é louco ou é sádico ou realmente inocente; e um, e outro, e mais vários e várias: a gente não sabe o que dizer, será que vamos ter que jogar fora a tonelada de pedras que estão em nossas mãos? E a tela diz: espere um pouco, ainda não é o final!
O lugar-comum é o pensamento de todos, e esse é guiado. Fico ressabiado quando tudo aponta para uma vertente só, e até em 2.002, quando Felipão não levou Romário, desprezando o clamor da multidão – e o meu – provou estar certo, e justamente, agora, esperamos as provas.