domingo, 25 de julho de 2010

Pitacos na derradeira partida de Bruno

Impressionante. Todo mundo quer dar pitaco no resultado da derradeira partida do jogador Bruno.

Logo no começo da história, notícias distorcidas, crueldade na forma como foi feito o suposto crime, cortarem a pobre moça em pedaços, jogaram-na para os Rottweilers: esse cara é um animal, diziam, mas não foi ele que fez, retrucavam, mas mandou fazer, apontavam, e muitos, como eu, ficavam sabendo de diversos fatos pelas ruas, ouvindo comentários de uns e de outros que, guiados pelas notícias dos acontecimentos, que não davam chance nenhuma de réplica ao suspeito, levava o pensamento comum de todos para o mesmo lado: é, o cara podia ter dado 20 mil dos 200 que ganha: mas quem tem muito dinheiro nunca quer perder o mínimo que seja, um falava; o outro: puta cara burro, se mete com uma mina da vida que usou e abusou dele, e depois quer resolver matando, ele esquece que de qualquer forma tem que pagar pensão; e outra pessoa defende: mas ela que foi a vítima, acreditou na boa fé dos amigos dele, que com certeza vieram com alguma história que ele ia propor um acordo; nada: ela foi é vacilona de acreditar e entrar no carro com aqueles desgraçados; outro: acho que não, porque ela não era nada inocente, que eu saiba, era até bem espertinha... E nisso foi correndo o caso, o goleiro sem defesa, com ar altivo de assassino frio, e tudo se encaminhando para a resolução certa.

Ai, não descobrem o corpo – até agora - e há indícios de que de repente, na melhor das hipóteses, a ex-mulher-amante-garota esteja viva. Tanta noticiação do nome dela na mídia pode ter feito ela levantar como num verdadeiro ritual de ressuscitar.

Um sorriso do guarda metas: ou ele é louco ou é sádico ou realmente inocente; e um, e outro, e mais vários e várias: a gente não sabe o que dizer, será que vamos ter que jogar fora a tonelada de pedras que estão em nossas mãos? E a tela diz: espere um pouco, ainda não é o final!

O lugar-comum é o pensamento de todos, e esse é guiado. Fico ressabiado quando tudo aponta para uma vertente só, e até em 2.002, quando Felipão não levou Romário, desprezando o clamor da multidão – e o meu – provou estar certo, e justamente, agora, esperamos as provas.

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