A tiazinha muito pequenina olha o passageiro do lado de cima a baixo, de baixo pra cima. O jovem com fones nos ouvidos não lhe dirige o olhar. Está fixo na paisagem, como paisagem. Teso. Tenso.
Vai ver no tempo dela as pessoas fossem mais cordiais; ou está carente mesmo.
O que ela espera? Um “bom dia!”, “boa tarde”, “boa noite”?
Para ele não há divisões. Quase nem dorme. Talvez seja isso: o olhar de zumbi velho em rosto aparentemente novo deixou-a estupefata e, a cada minuto, olha novamente não acreditando realmente que ele seja uma pessoa real.
Ao sair de perto dele se benze.
“Virge, minha nossa senhora, é o fim do mundo! Será esse o Benedito?”.
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