quinta-feira, 30 de maio de 2013

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O cobrador ria, ria, ria. Parecia feliz. No corredor do ônibus, lotação demasiada de caras fechadas. Ele não: ria. Eles não riam. Também, pudera. Horário de pico, depois de um dia inteiro aturando as picuinhas de patrões e/ou clientes. Uma massa uniforme de suor, baforadas de enfado, muxoxos onomatopeicos. 
Vidros embaçados. É embaçado! 
Ele não. Desembaraçado tentando entreter os outros. Afinal, conseguiu o que queria: não enfrentar lotações; não ser amassado nas curvas do itinerário. O trabalho que escolheu. A vida que escolheu. 
“O troco...”.

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