Maio,
moiô, caiu, derrubou. Derrubaram! Foi duro o golpe, e só cai quem está de pé.
Quem cai está só. Só. Ou com seus pares que por desventura caem
concomitantemente. Lugares comuns são óbvios. Comuns têm ojeriza a outros
comuns por suporem que são eles comunas. E se forem? Não podem existir contrários?
Unidade? Balela. Jonas dentro da baleia não enxerga o lado de fora. Textos
sagrados rasgados. Constituições violadas. O estado é laico. Nem toda dor de
barriga é intolerância à lactose. “Tu tá maluco?”. Numa nação de
fios-maravilhas utópicos todos vivem em paz. Diria Washington em Philadelphia: "Me explique isso como se eu fosse uma criança de 6 anos". Comunidade delimitada pelas
fronteiras territoriais da pátria. Uns estrangeiros rechaçados tratados como
quem não quer nada, julgados de antemão gente de brindes que apenas sugam suas
cachaças. Outros bem-vindos por serem curtidos em tonéis mais de 12 anos.
Estalar de línguas para degustar o sabor do pó branco boliviano ou colombiano
esticado na mesa, potencializando a madrugada bem-aventurada dos filhos dos
donos do país. Filhos com pais. Costas quentes para o dia e coxas ferventes
para a noite. Estalo de dedo. Bruxos e feiticeiras de todos os tipos juntos em
festança na cobertura do prédio um por andar. E quem lá embaixo anda pela rua
catando latinhas pode perfurar uma delas para se esquentar com crack (pra inglês
ver). “A madruga é boladona”. Muitas pedras no caminho. Ai, quem vive nela com
um instrumento musical debaixo do braço é vagabundo. Pensamento retrógrado de
mais de um século, quando a polícia levava para a cadeia qualquer João com um violão.
Influência do jazz. Segue a rima.
Mais uma nota, mesmo que seja uma nota só, destoando. Os contratantes pagam pouco,
não dão o devido valor, afinal, se dedicar a tocar ou cantarolar é lúdico: “Qualquer criança toca um pandeiro, um surdo, um cavaquinho, acompanha o canto de um passarinho sem errar o compasso...”. Quase brincadeira. “Ó.ká”, era bordão de um patrão
português. “Okay”. Invasão cultural norte-americana. Duas opções: Ficar livre
das amarras ou colocar a camisa de força e acabar os dias num hospício com
menos loucos. De pé. Mantendo a altivez. Jonas — o da baleia —, não saia! Para
outros nomes iguais ou parecidos saírem logo vêm as eleições.
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