Gaiato.
Vadio no navio nonsense. Gaia Science para quem pense. Pode crer, crê?! Pagar
pra ver deveria privar pupilas dilatadas de enxergar hieróglifos em 4K, pichados
nas muralhas e seus nichos. Eitas bichos bestas rastejando nas arestas. O mar
revolto em volta é uma puta pauta. Não comandar o manche ou ser um dos muitos
no saguão a mexer o remo faz com que se fique no meio ermo, na passividade que
impossibilita idas a novas guaridas, na mão atada que dá pegada à conivência dos fatos. "Ou dá ou desce!", "Pra cada qual o que merece!", para quem vê de posição privilegiada podem ser passíveis preces. Enfado de dizeres rebuscados? "Água mole em pedra
dura tanto bate até que fura". Firulas? Pruridos purulentos em moribundos
mulambentos. Vaticínios não reconhecidos pelos santos do Vaticano. Ouros sob
panos. Latões divididos igualmente. Nos dentes pode resplandecer um amarelo
brilhante. Papel de imprensa marrom manchado de vermelho. No encontro de
palavras ocas, de bocas roucas, de bancarrotas, a impressão que fica é a de que
tudo o que é vil viraliza com mais crueza, com mais certeza, num neologismo
esdrúxulo, 'mequetrafake', e até terra à vista soa como alarme falso. Por uma vírgula fora do lugar qualquer "Zé" recebe nas esquinas suburbanas gritos de prisão com exclamação! Enquanto isso, quadrilha formada, pega com o corpo inteiro na botija do poder permanece chafurdando no lodo perfumado da riqueza. "Tomá no c*". Pisar
descalço em pedras no caminho fatiga tanto os pés quanto as retinas. Ninguém se
esquece desses momentos. Não há amnésia que apague recônditos breus de buracos
negros particulares, privados. Algumas estrelas guias apontam destinos quando
os desatinos parecem redemoinhos em meio às tempestades, depois de dias peçonhentos a deriva. Ladainha que se encerra derradeira, gato que pula do barco e cai de pé na correnteza, e
flutua, e se faz santo, e faz firula, e no final da cascata cai. De pé de novo é gatado (gato pescado) e vira churrasco nas mãos e nas bocas dos primitivos
seres de lugares pré-civilizados. A pele e a carne e os ossos e a alma das
palavras estão em espeto queimando com os olhos que espreitam. Em linguagem
figurativa, feminina, para parar, um toque: o sinal do mês é rosa.
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