Clarice, está me deixando sem palavras, e não por “Clarice,”, mas por outros ditos. Causa arrebatamento, um algo, uma coisa, diria alguém que escreve com um parco leque como recurso, o inverso, o caso dela, lida com elas com maestria invejável, louvável, aproveitável como água pra beber.
Embebido nesse néctar, urge partir do nada comum para o indo pra buscar, fruto que cai de árvores, às vezes, solo não ainda habitado, como Marte, Vênus, ou qualquer cidade litorânea para quem mora ao redor de prédios, de cimento, e não tem carro, ou tempo, pra prosseguir. Segue a imaginação, pra outros espaços.
Bate como na porta vento bravo uivando que não deixa dormir. Noção do que vem, sem saber se é bom ou mau, paisagem de éden, ou devastação de Nova Orleans, sendo no caso primeiro trombetas celestes a soar, e no outro, caso contrário, “pausa de mil compassos”, na trilha do dia-após-dia. Riso histérico seria o mais pertinente com uma cara que fica de tacho, vendo que o tudo e o nada podem coabitar. Fala difícil, dirão. Como o resto, direi. E mesmo me redigindo, me policiando, não quero estar preso, quero a liberdade, e quem não?
Todo o tempo sendo nosso é a prova maior para saber se o ser é, ou se os outros que ditam o que. São idéias suas? Talvez. Maybe. Um sonho dentro do sonho dentro do sonho, e todo dia temos que acordar, isso é o pior pra quem viaja, como se desistir fosse salmonela na maionese. Viajei. “Ao infinito e além”. Buzz. Buso: descer de um e pegar outro. Sempre. “Pra sempre, sempre acaba”.
Acabei. Agora. É só o que tenho.
Mais Clarice impossível!
ResponderExcluirE Salve Clarice.
Sempre bom passar por aqui.