De repente, tudo pode acontecer. Como se fosse ou se faz num repente de Caju e Castanha, ou numa batalha de M.c’s do Hip-hop, a próxima rima necessita da anterior, pois esta será o mote, o ponto de inversão, continuação, e para um lado ou outro, o que virá é vário.
Demais. Um tabefe, esbofeteio, nas faces ou na moral, motivará revide, ou reavivará a retidão, o importante é a ação de se fazer algo, ou mesmo de não fazer, que consiste em dominar o instinto e manter o corpo e as atitudes, palavras, gestos engessados, quando o instinto natural é de dar o troco. Nem pra todos, lógico. Sim para os mais movidos por emoções estertoradas. Os mais lógicos, ruminam, tramam, matutam, e, ou, esquecem logo do pré-ocorrido – perdendo o fio da meada da próxima frase – ou articulam um plano tão ardiloso que levará tempo para ser posto em prática, e ai, quem tem a retórica eficiente tanto, ganha pela rapidez das réplicas e pelo convencimento dos argumentos nelas embutidos.
Contanto que o acaso nos traga novos casos. Pode, e juntar cacos, dirigir os próximos atos, até o último, derradeiro, que também venha de repente, o desejo da maioria, num sono, adormecer e não acordar, tranqüilo, abrupto. Ninguém quer a “Crônica de uma morte anunciada”. Todos querem que tudo aconteça. E pode. Por hora não o que se espera, mas o que se pode ter; e um zás, trás o ás na manga.
Não mangue.
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