Por mim mesmo, mas também motivado pelo espírito de Francisco Cândido Xavier – reencarnado nas telonas – ponho cá essas linhas.
Não abaixo a cabeça, não coloco a mão na testa, e nem chego às 200 páginas, quando muito 2. Mas quem se presta a esse ofício sabe o quanto é difícil formular frases, parágrafos. Tenho um misto de raiva e inveja dos que recebem assim sem esforço, linhas e mais linhas ditadas do além. Não sendo quantidade sinônimo de qualidade há sempre um porém, sabendo ainda que nem certos títulos escritos por vivos são notadamente tidos como literatura, e até quem já ganhou cadeira na academia e vende milhões no Brasil e no mundo, não tem – em alguns aspectos e quesitos – classificação literária por quem é crítico (profissional ou amador).
Certa vez um dogmático da crença quis me interpelar sobre o fato de o nosso já citado amigo de além vida ter escrito mais de 400 obras. Parece também que não recebia um centavo de lucro com o que produzia e vendia. Não tiro o mérito, apenas pedi que me expusesse algo palpável a qualquer um, de qualquer visão religiosa e até os de nenhuma. Tem que convencer por um censo comum e não tendencioso. Digo tudo isso por que:
“O Uísque é o melhor amigo do homem, o cachorro engarrafado...”; “Que seja carioca no balanço, feitinha pro Vinícius de Moraes...”;
Justo quando estava digitando os meus poemas, passando-os a limpo, me deparo com um livro de versos do poetinha que tem o mesmo título que o meu: “Poemas Esparsos”. Fiquei vexado, é lógico. Notório que a arte é um eterno reinventar de mesmas coisas, no popular, “nada se cria, tudo se copia”, mas eu não cria que o que achava ser uma criação minha fosse obra de outro. Desconhecimento de causa meu. Defasagem.
Não tenho conhecimento embasado sobre o diplomata versador. Sei que teve muitas mulheres, que fumava igual a um Chico Buarque (quando fumava), e a famosa frase do Uísque. Sei que morreu dentro da banheira provavelmente chapado, e feliz.
O meu “Poemas Esparsos” não é a obra da minha vida, e nem sei se terei uma. Me inspiro em alguns, tentando dar alguma coisa minha, tentando ser original, se bem que tudo isso é o acumulo das ações dos ancestrais e da humanidade através dos tempos, milhões.
O livro dele estava exposto perto da sessão de livros espíritas lado a lado com o “Vencendo o passado” de Zíbia Gasparetto e, sagaz, fascinante, extraordinário como era o poeta, venceu o espaço-tempo de maneira sublime, veio em alma para o presente, viu o meu título, voltou espiritualmente para o passado e reencarnou em si próprio mudando o título que iria colocar na última hora. Poderia ser “Parcos Poemas”, “Alpercatas poemáticas”, “No alpendre da poesia”; qualquer que fosse será o meu novo título se ninguém do passado, do presente ou do futuro, furta-me.
Um título pode ser mudado mais facilmente que um parágrafo, uma página, um capítulo, uma linha de raciocínio. Antes mudar agora sendo um escritor sem nome do que algum dia, tendo renome ser acusado de plágio.
Não abaixo a cabeça, não coloco a mão na testa, e nem chego às 200 páginas, quando muito 2. Mas quem se presta a esse ofício sabe o quanto é difícil formular frases, parágrafos. Tenho um misto de raiva e inveja dos que recebem assim sem esforço, linhas e mais linhas ditadas do além. Não sendo quantidade sinônimo de qualidade há sempre um porém, sabendo ainda que nem certos títulos escritos por vivos são notadamente tidos como literatura, e até quem já ganhou cadeira na academia e vende milhões no Brasil e no mundo, não tem – em alguns aspectos e quesitos – classificação literária por quem é crítico (profissional ou amador).
Certa vez um dogmático da crença quis me interpelar sobre o fato de o nosso já citado amigo de além vida ter escrito mais de 400 obras. Parece também que não recebia um centavo de lucro com o que produzia e vendia. Não tiro o mérito, apenas pedi que me expusesse algo palpável a qualquer um, de qualquer visão religiosa e até os de nenhuma. Tem que convencer por um censo comum e não tendencioso. Digo tudo isso por que:
“O Uísque é o melhor amigo do homem, o cachorro engarrafado...”; “Que seja carioca no balanço, feitinha pro Vinícius de Moraes...”;
Justo quando estava digitando os meus poemas, passando-os a limpo, me deparo com um livro de versos do poetinha que tem o mesmo título que o meu: “Poemas Esparsos”. Fiquei vexado, é lógico. Notório que a arte é um eterno reinventar de mesmas coisas, no popular, “nada se cria, tudo se copia”, mas eu não cria que o que achava ser uma criação minha fosse obra de outro. Desconhecimento de causa meu. Defasagem.
Não tenho conhecimento embasado sobre o diplomata versador. Sei que teve muitas mulheres, que fumava igual a um Chico Buarque (quando fumava), e a famosa frase do Uísque. Sei que morreu dentro da banheira provavelmente chapado, e feliz.
O meu “Poemas Esparsos” não é a obra da minha vida, e nem sei se terei uma. Me inspiro em alguns, tentando dar alguma coisa minha, tentando ser original, se bem que tudo isso é o acumulo das ações dos ancestrais e da humanidade através dos tempos, milhões.
O livro dele estava exposto perto da sessão de livros espíritas lado a lado com o “Vencendo o passado” de Zíbia Gasparetto e, sagaz, fascinante, extraordinário como era o poeta, venceu o espaço-tempo de maneira sublime, veio em alma para o presente, viu o meu título, voltou espiritualmente para o passado e reencarnou em si próprio mudando o título que iria colocar na última hora. Poderia ser “Parcos Poemas”, “Alpercatas poemáticas”, “No alpendre da poesia”; qualquer que fosse será o meu novo título se ninguém do passado, do presente ou do futuro, furta-me.
Um título pode ser mudado mais facilmente que um parágrafo, uma página, um capítulo, uma linha de raciocínio. Antes mudar agora sendo um escritor sem nome do que algum dia, tendo renome ser acusado de plágio.
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