domingo, 13 de fevereiro de 2011

Culto semanal

“Uma semana”, ela disse. Se desdisse: “Na próxima também não dá!”

“E no sábado à noite?”, ele perguntou.

“Tenho igreja”, ela frisou.

“Hum...”, ele quis dizer: “eu já estava ansioso em ter que esperar uma semana para talvez termos um encontro, agora vou ter que ficar na expectativa até deus sabe quando?”. Pensou.

Foi dito e foi feito. Isso mesmo, como escritura sagrada. Ela, boa samaritana, disse que cuidava de crianças, ou ministrava aulas de ensino bíblico, catequese, ele não sabia ao certo. No sábado, era o culto em si.

“Então vou à igreja!”, ele propôs.

“Ah!”, ela exclamou, sem ter, ou saber o que falar.

Ele decidiu não ir. Até iria, mas o fato de ter se convidado tirava toda a intenção de chamado divino. Pelo jeito, trejeitos, atos, ela é mulher de Jesus, e ele até que estava pensando em abrir algumas concessões, tipo, beber menos, voltar a ler a bíblia, escutar algum cantor gospel. Mas não. Ela, se quisesse algo, arrumaria brechas em seus afazeres para fazerem alguma coisa juntos, ou nada.

Desse modo ele fica na mão dela. Como se quando estalar o dedo ele vai, ou quando as rugas do dedo fizerem-na ver que está perto do pai amado, o chama. Desencana. Se o chamar ele vai, mas dá uma semana de prazo.

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