terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Premissa de uma missa pagã

Imagem: Arquivo pessoal

Terça e sexta, dias que rimam (em português). Terça, depois de uma segunda braba, reflexão sobre o que se passou no finde. Sexta, a quase alforria do tempo que se tem pra si, para quem não trabalha em shoppings da vida. Dar a luz a novas ideias nestes dias. Um anseio de agora, que tem o aval do feriado prolongado. Manter as postagens seguindo essa premissa, como livreto virtual de uma missa pagã. Palavras vãs.

O LUTADOR

"Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça".
(...)
(Carlos Drummond de Andrade)

O próximo texto vai botar a boca no trombone do beijo, então, para não perder o ensejo e finalizar a festa, ainda é dia de vestir máscaras: “Vou beijar-te agora não me leva a mal, pois é carnaval...”.


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