2 de janeiro – sábado – 7h15 (Pra mim ainda madrugada), o alarme do relógio apita. Aperto o botão e o deixo de novo calado. Viro para o lado. Mais cinco minutos – às vezes até mais um começo de sonho. Quando vejo: 7h40. Correria. Banho. Comer o pão com manteiga partindo na mão pedaço por pedaço em razão do recente aparelho nos dentes, sorver o café preto a goles de enchentes de verão, passar a roupa, limpar os dentes (trabalho nunca tão árduo), enxaguante bucal. De casa até o ponto do ônibus a passos longuíssimos até pra mim – que tenho 1:90m sendo que 1:00m só de pernas - levo um, no máximo dois minutos, e quando dou sorte pego a condução derradeira. Assim, completo praticamente um ano na Revistaria de uma Livraria.
E não tem jeito: Sei quando estou atrasado encontrando as mesmas pessoas no itinerário, e quando estou no horário topando outras diferentes mesmas pessoas. E já fui recriminado pela falta de pontualidade, mas quem me chamou na chincha foi labutar em outros ares, desgaste natural. Eu, pra não me desgastar demais com os superiores, me esforço e estava conseguindo manter uma rotina de britânico. Estou indo contra o meu relógio biológico. Sei que no final ele sempre vence.
Às 9h13 chego na livraria e bato o meu cartão. No horário ou fora dele sempre bato o meu cartão, um funcionário meio fora dos padrões que quer mantê-los de alguma forma. Na virada de ano fiquei acordado até às 6h00 e dormi pouco. No dia primeiro, dor de cabeça, ressaca da esbórnia. E nem foi tanto, nu’m ambiente familiar, tocando um samba no meu violão, bebendo cerveja com os comparsas musicais.
Como o povo das distribuidoras quis emendar o feriadão, as revistas semanais, Veja, Época, Istoé, Istoé Dinheiro foram entregues na quinta dia 31, então, teoricamente, não teria muito que fazer no sábado, a não ser atender os clientes a procura de algum periódico, quando possível, a procura de algum livro, CD ou DVD. Mas surgiu uma remessa de revistas importadas para dar entrada no sistema, títulos como Vogue, Harpeers Bazaar, Rolling Stone, Billboard, Popstar, então há mãos na massa, ou melhor, nas capas. Aproximadamente às 13h a encarregada incumbida de estrear o ano no comando da loja me delega a função de operador de caixa, enquanto uma das titulares do posto vai almoçar. Como já havia terminado de cadastrar uma das notas (de três), fui sem pestanejar. A fila estava grande, o povo, o consumo, nada para. No começo me embanano um pouco nas funções, só que logo me lembrei, só passam em crédito ou débito. Isso facilita.
Às 15h e alguma coisa vou embora. Seis horas trabalhadas. Ia comprar um CD e uma revista; a fila vira o quarteirão...
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