sexta-feira, 28 de abril de 2017

Gravidades e greves

Imagem: Projetado pelo Freepik

Ando tendo sonhos intranquilos. Acordado as coisas não melhoram muito. Quando uma situação se agrava e são agredidas instâncias do ser, urgem urros, berros, gritos, greves. Gravidade mantém seres em pé, mas também motiva quem não quer cair no cascalho engalfinhado em meio a falácias a empurrar o poste titubeante que só acende quando quer, ao bel prazer, em causa própria. Este sim terá que tombar, e tombará, mediante a força descomunal de rajadas de urina vindas dos que demarcam território. Fincar a pata em lama, em areia movediça e continuar centrado é amostra não grátis de força, de resiliência, de perseverança. O que vai, volta. Dá-se, tem-se. Parar é pensar. Frear é inteligência pra quem não quer se estatelar na parede frouxa das pregações de um bem que visto num microscópio não se acha a quem. Mínimos que se acham o máximo e ganham muito mais do que os muitos que se sabem mínimos e têm ciência que nem por isso são menores que ninguém. A floresta gente, povo, gentil até não poder mais, olha de cima quem quer cortar seus troncos pela raiz. Sangue de barata nem Gregor Samsa. O concreto viscoso da mata viva-vida é o que dá liga à parede dos sonhos, quando são construídos.
   

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