Berro
pelo erro. O desespero de quem não tem rima, ou de quem pega pelo caminho a
primeira bifurcação e cai em alçapão. Rima pobre, frágil, como a vida. O berro
pela queda. O erro de não esperar pela próxima curva que viria.
Pelo
que aconteceu em Limeira, choros berrados e contidos; esperneia quem não se
conforma. As pernas que seguiram caminhos tortuosos, cheios de pedras, não
acharam ninguém chamado Raimundo para interceder, ser a solução. Coisas do
mundo, vasto mundo.
Qualquer
adorno soa supérfluo em momentos sérios, sisudos, de necessária reflexão.
Manifestações de solidariedade mostram que o grupo (humano) aos poucos tenta
estar mais consciente do gênero (feminino).
O
erro de quem interpreta personagens de ficção foi assumido em público, com a
cara limpa, sem artifícios. A sequência de personagens parecidos talvez tenha impregnado no
cérebro o sentimento de macho que pode tudo. Na verdade, a ficção nesse caso só
imita a realidade que muda lentamente e precisa cada vez mais seguir adiante, evoluir.
Que
não caia no calabouço do esquecimento, e que não sejam postos em voga casos
assim só quando a pessoa é pública, as anônimas também necessitam voz, vez. O
outro lado também deve ser analisado, só tacar pedras é querer se achar melhor, não suscetível. Toda
e qualquer pessoa está propensa ao erro, que, dependendo, pode ser amenizado
com desculpas ou consertado de alguma forma. Burrice é persistir.
Iria
escrever sobre algo outro, mas qualquer divagação que divergisse disto neste
instante seria incutir o erro, já que soaria como um berro mudo.
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