Tiradentes...
Ser surrupiado é como ser atacado por cáries que denigrem os dentes sem que nem
percebamos. Depois pode ser preciso tirar dentes ou tapar os buracos com
delações premiadas.
Piada.
Quanto tempo chupinhando, gargalhando com gengivas rosas à mostra, num conluio
do escondidinho? Jeito de brasileiros 'comes quietos'. Corações cheios de pelos
sem medo de ratoeiras. Fajutos Frajolas olhavam sem ver e Piu-pius não davam um
pio. Desmembrados desenhos. "Onde é que já se viu?!". Propaganda é:
"tudo isso a gente vê por aqui".
Agora
todos confidenciam em pratos limpos os farelos deixados outrora para terem as penas
diminutas, verdadeiros filhos das putas — modo de dizer, porque existem putas decentes que criam seus filhos com valores éticos. Trabalho é
trabalho. Será essa a mostra da corrupção que todo e qualquer ser humano está
sujeito caso chegue ao poder?
Noticiários
televisivos martelam a mesma tecla: milhões, bilhões, trilhões, e o locutor
diria descontextualizado "hajam corações!". É um barulho estridente
como o de mil maquininhas de consertar dentes. Quem já se sentou ao menos uma vez na cadeira reclinada só de ouvir sente.
Uma das estreias da semana é o filme 'Joaquim', que conta a história de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que lutou pela independência do Brasil, o inconfidente
que se hoje vivesse seria traído também, talvez não decapitado em praça pública; possivelmente 'pediriam sua cabeça' e seria preso, se tivesse alguma relação com o PT. Outros não...
A
pimentinha cantou a sua versão da música em sua homenagem, samba-enredo composto por Mano Décio da
Viola, Estanislau Silva e Penteado, que sagrou campeão em 1949 o Grêmio
Recreativo Escola de Samba Império Serrano. Pimenta é tempero do molho.
Tamborins molhos da Bateria. Depois da semana onde o doce chocolate reinou, é
preciso dar um tempo para pensar nas causas e consequências. O agridoce da vida. E como diz o
ditado: "pimenta nos olhos dos outros...".
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